Sunday, July 24, 2005

Fala demais por não ter nada a dizer.

Muita coisa acontece, e não se aprende a devida lição com tudo. Talvez seja falta de maturidade, a necessidade de uma revisão. Revisões são ruins... a vida é curta, e depois acaba. Deve-se olhar pra frente, mas sem esquecer daquilo que estava na frente antes e agora não passa de um atrás. Esse é o problema, pensa-se demais em assuntos que acabam por encobertar coisas extremamente sutis. E no fim? No fim, a cara bate na parede, o palavrão soa, a raiva sobe, a vergonha invade. Com a cara mas lavada possível tenta-se achar uma explicação, como um professor de curso profissionalizante ao ser questionado da utilidade daquilo.

"Um dos expoentes das ciências exatas da época, Daniel Bernoulli, andava pelas ruas da cidade cinzenta a observar tudo. Membro da família Bernoulli, era respeitado por ser um daqueles conhecidos por ter números no sangue. Sabia álgebra como poquíssimos, astronomia, teoria do números, e até um pouco de navegação. Era um Lorde italiano na metrópole dos Lordes. Percebeu que um homem seguia o mesmo caminho que ele, e supondo que fosse um interessado nas artes do pensar (já que as diziam vozes umbras que os Bretões eram muito interessados), resolveu quebrar o gelo entre ele e o dito tímido que o seguia. Começaram a papear, e como tinha imaginado o homem realmente se interessava por ciência, chegando até ao ponto de saber meia dúzia de verdades. Se interessava por Física, Matemática, Filosofia e Política. Um culto, certamente. Vestia trajes da nobreza, o que demonstrava a intensa influência das luzes na sociedade, inclusive naqueles vistos como conservadores.
O caminho de Bernoulli chegou ao fim, e como diziam os bons costumes, resolveu se apresentar; mas não sem antes hesitar em revelar sua ilustre identidade ao desconhecido andarilho. Ele podia corar, o que seria uma terríve gafe, porém não pior que não ouvir um cumprimento formal.
Bernoulli mediu as palavras, e acabou dizendo:
-Foi um prazer. Meu nome é Daniel Bernoulli. O Sr. é...?
-Isaac Newton."

Tuesday, July 12, 2005

Avise a ele que não foi por mal, sim?

Olá amiguinho, peço que não tente compreender o que segue, pois trata-se de um mero desencargo de consciência.



As pessoas desde cedo deveriam aprender a mentir. Na nossa sociedade, é mais importante que um mestrado ou um MBA na hora de conseguir qualquer coisa. Eu aprendi a mentir desde cedo, com os padrecos do Marista. Sou muitíssimo bom no ofício. Arrisco dizer que se há alguém melhor (e deve haver) esse alguém nunca será descoberto.
Eu menti, menti mesmo. Disse que tava tudo bem, mas era mentira. Tinha que mentir, era quase que minha obrigação, enquanto panaca. E não pense que isso é algum tipo de paradoxo socrático, é um mentiroso falando a verdade mesmo. Meus dias estão me roendo, e o que me dá mais raiva é não estar mal o bastante pra poder reclamar. "Tudo bem? (...) fora tudo isso, tudo bem." Disse um punk, e quis dizer um escritor. Me ative a coisas absolutamente imbecis, como jogar o famigerado jogo da bola que bate na barrinha por 16 horas, até chegar na tricentésima heptuagésima quinta fase. Meu dedo mindinho ficou tanto tempo parado apoiando o mouse que a circulação baixou, e ele ficou roxo e frio. Eu fiquei sem dormir, e nem percebi. Descansei, acordei e voltei a jogar. Ouvi falar que aquilo queima neurônios, e pelo jeito é verdade, pois quando fecho os olhos vejo os "bonuses" e "maluses" caindo pela escuridão. Joguei tanto, que até conheço os programadores pelo nome e sobrenome. Joguei, e resolvi parar. Sem desligá-lo, claro, pra mais tarde voltar. Voltei a pensar em coisas nada pertinentes, e fiquei puto. Sim, puto, não podia ficar feliz, nem triste, nem comprar um escada, então eu fiquei puto. Quero comprar uma escada, pois não há outra opção. "And I just keep on thinking it's my fault" diria Mr. Mustaine, num de seus dircursos perturbados.
Nesse momento, só sei que eu gostaria de não saber nada (mais uma vez deturpando as palavras do inexistente sábio barbudo, talvez esse deitado mesmo). Eu não passei na porra do vestibular, como imaginei, e vou ter que aguentar mais um semestre de rotina sufocante com uma horda de capadócios. Gostaria de dedicar meu tempo a coisas que me fazem bem, (e que sempre fazem). Estudar astrofísica, tocar guitarra. Tudo na esperança de não me tornar aquilo que eu poderia ser se fosse um pouco mais burro. Passei o Porão do Rock todo olhando pras estrelas (a exceção de um momento), e enumerando as características astronômicas de Vênus, pra algum interlocutor inexistente que não me daria atenção. Fui agraciado com uma árdua tarefa musical, a de me tornar foda. Vai ser difícil, mas pelo menos cheguei aqui. Nos próximos momentos, a menos que eu tenha uma overdose de LBreakout 2, não farei nada, a não ser nos raros momentos nos quais tentarei tocar algo parecido com blues, já que algum dia um preto cego disse algo importante sobre blues e a minha atual condição. Agora vou tocar uma do Purple, que gosto de improvisar em cima. A melodia é bonita que só. Não é blues, eu sei, mas Béla Fleck não é Jazz.

"Blues é um bom homem sofrendo por uma boa mulher que não mais o ama."

Sunday, July 03, 2005

Eu vou embora.

Sim, eu estou indo pra longe.
Vou embarcar-me numa caixa de chá mate e despachar-me para Londres, lugar onde eu vou vender a parte do chá que eu não usei pra alimentação durante a viagem, seguindo diretamente pra marcha do G8 em Estocolmo, onde tenho esperanças de encontrar os caras do Pink Floyd e realizar o meu sonho de bater um papo com Mr. Gilmore. Depois irei direto pra Guam, seguir a profissão de preparador de casamentos, uma vez que em Guam tal vocação é extremamente bem remunerada e estafante.

Depois de algum tempo trabalhando em Guam, eu irei pra Göttingen me graduar e especializar em Física, embasado pelo dinheiro que terei ganhado trabalhando sem parar em Guam. Dessa forma, poderei também por em prática quando necessário todo o conhecimento e a experiência que Guam tão generosamente terá me concedido.
E finalmente, após estar pós-graduado, Ph.D. em Física pela centenária universidade de Göttingen e em Artes Pré-Casamenteiras num curso empírico em Guam, estarei apto a talvez voltar para o Brasil, com uma ou duas paradas em Guam, onde eu relembrarei os bons momentos que sustentaram todo o meu desenvolvimento enquanto pessoa.

Desde já, agradeço a todos vocês e principalmente à população de Guam, por ceder tão belo ofício a pessoas dispostas a executá-lo, sem distinção de cor, credo ou ideologia.

"Há homens em Guam cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país deflorar virgens, que os pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez. O motivo é que pelas leis de Guam, é proibido que virgens se casem."

Friday, July 01, 2005

Quebrando a rotina...

Eu tive duas ou três idéias ótimas pra quebrar a deprimente saga de posts mal-escritos na qual esse véiculo está imerso. E sabe do que mais? Eu esqueci o que era. Fantástico, lá vou eu escrever besteira de novo.

Eu decidi hoje que vou aprender a falar alemão. Vai ser muito custoso, em todos os sentidos, mas eu vou dar um jeito pra que isso ocorra. São raros os momentos nos quais eu decido algo pra um futuro bem distante, como estudar Física e Música, e agora alemão. Eu acho que ia ser legal pra uma pós na Alemanha, já sonhando alto.

As férias me contemplam, e feliz estou. Vou ler bastante e sair com meus amigos, inclusive com a Clara, que sempre passa por aqui.
Agora eu vou tocar guitarra... me perdoem (?) por outro post sem qualidade, pois escrever mal faz muito mal a mim. Espero surgir aqui com alguma idéia boa que dure mais que um elétron num dipolo instantâneo.

"Ich armer"