Monday, November 07, 2005

Manifesto contra (ou não) as mulheres

- Sim. Um manifesto contra as mulheres. Não. o Autor não é gay. -

Na verdade, a parte que diz "contra" é apenas sensacionalismo barato. Quero mesmo protestar contra a deficiência que nós homens apresentamos quando o assunto é mulher.
Porra, pensará você, esse imbecil já escreveu sobre isso, dirá sagazmente. Mas trata-se de algo diferente. Não estou confeccionando outro circunlóquio filosófico, mas um reclamação bem-mal-feita, dessas com o número 1512 (agora 151) embaixo.

Qualquer pato que me conheça e que convive comigo pode perceber que quase não escrevo mais. Isso não é ruim, tenho me dedicado a outras coisas, tenho escrito umas músicas e outras bichisses poéticas, além de falar merda, claro. Mas mesmo forro do mundo platônico, juvenil e biba dos poemas, sou escravo (ou pseudo-escravo, como disse antes) das mulheres. É uma merda. Há dias que eu acordo pensando no porquê daquele dia, quando uma resposta me dá um tapa na cara e diz "vai pra escola e fica seis aulas olhando pra fulana". Eu o faço, claro, mas isso causa dependência, como qualquer vício.

Antes de entrar nos pormenores e pormaiores, eu devo explicar que com o passar dos anos, e dos pés no meu traseiro, desenvolvi métodos de observar as mulheres de forma diferenciada. Não as olho com desejo (com raras exceções), pois isso atrapalha e muito o processo, mas com admiração. É um esquema poético mesmo. Aprendi isso quando tomei o pé da Mai. Você olha, acha lindo, enuncia muita coisa, acha lindo, cria algo, acha lindo, fala coisas que ninguém ouviria, acha lindo, pensa nisso, acha lindo, segue com sua vida e quando sobra tempo você acha lindo. E não sou o único a fazê-lo; Luís Fernando Veríssimo que o diga, com a Patrícias que tanto admira ao seu lado. Isso faz bem cara, não machuca ninguém, você sai com umas idéias boas e sorri sempre que dá. Uma grande amiga as chama de musas, e deve ser isso mesmo.

Mas aí chega o conflito da história, aquele cuja falta faz com que o filme vire Malhação. Não falarei nada sobre estar sozinho, pois isso não tem nada a ver, mas sobre não poder exercer a licença poética de achar uma mulher linda só porque ela é linda mesmo, ora bolotas. A sociedade nos priva desse ato, e eu fico puto com isso. Eles acham que se um cara olha pra uma mulher, ele quer sexo. Estereótipos são pros fracos e haplóides, sem comentários a eles. E há os sabichões pseudo-xiitas que se acham no direito de dizer que eu, por exemplo, não tenho namorada porque fico só divagando. Tenha dó. Uma paca caolha é capaz de explicar que se um cara está sozinho, é porque ninguém o quer, ou quem quer não o interessa. Simples como ler Marie Claire. Mas o conflito não é esse. Um poeta sem musa é um mero sem-o-que-fazer sóbrio. É um panaca solitário escrevendo no seu caderno num canto, um músico que não lembra das próprias músicas.

E para quebrar com os parâmetros das coisa, a manifestação em si só entra agora. Abaixo o sistema educacional com fundamentos maniqueu-extremistas. Abaixo o Sigma também. E viva todos aqueles que sabem como é bom divagar em prol de algo nobre, perseverantes que um dia eles não desmancharão na presença de uma mulher.

P.S.: O autor desse veículo mal freqüentado pede desculpas pelo texto mal planejado, uam vez que só tem tempo pra escrever em brain storm mesmo.

"vem cá... me dá tua mão..."