Tuesday, May 31, 2005

A Vingança

Cara, eu sei que pode parecer nerd, idiota e clichê, mas foda-se: vou dedicar esse pequeno espaço ao louvor de algo que me faz feliz.

O novo filme de Mr. Lucas é realmente... lindo. Eu sou muito suspeito para isso, pois nunca neguei que uma de minhas maiores paixões é Guerra nas Estrelas. Sim, junto com o Senhor dos Anéis, The Wall e mais uns dois, lá está a agora terminada hexologia de filmes que marcaram a minha infãncia, e posteriormente adolescência.
Muita gente pode dizer que esse filme é o pior, como já ouvi, mas ele tem um lugar especial no meu coração junto com os três últimos (que vieram antes, entende?). Desde pequeno, quando assisti a Uma Nova Esperança, queria saber como seria o terceiro. Não entendia o porquê do filme comecar com correria na nave, com a Princesa Léia discutindo com Darth Vader. Queria saber quem eram aqueles personagens, e como a estória tinha chegado lá. O Episódio III é capaz de arrematar muito do que eu esperava ver explicado, "preto na luz". Há momentos do filme que me pergunto se não teria sucumbido também ao Lado Negro, se não teria dado um tiro naquele pústula do Palpatine na hora certa. E por mais que tenha visto duas vezes, em ambas conhecendo os filmes seguintes, meu coração se aperta quando há uma possibilidade de ver o Mestre Mace Windu acabar com tudo. Gostaria de conversar com Anakin naquele momento, ter um papo de amigos, e mostrar pra ele que o Lado Negro não tá com nada, por mais sedutor que seja, e isso eu admito.
No fundo, acho que desde moleque queria estar lá dentro, ser um padawan e conviver com tudo aquilo. Eu sei que é impossível, mas ainda acordo à noite vendo sabres de luz no meu quarto. Eu não sou lunático, não sou um sonhador ou qualquer outro tipo de idiota que sonha com essas coisas. Só acho que a estória é foda, e deve ser porque ela é mesmo.
Realmente não há muito o que eu possa dizer que vá limpar minha imagem nesse aspecto, eu simplesmente me identifico com a coisa.
Que a Força esteja entre nós.

P.S.: E a música... nossa, gostaria de saber reger para poder acompanhar tal trilha, é como se ela completasse tudo, me encatando por completo...

"you were the chosen one!"

Tuesday, May 24, 2005

The book is on the table.

Minha irmã se casou. Não que isso seja algo incrível, até porque quem conhece sabe que ela meio que já tinha se casado. Só que dessa vez foi em casa, perto de nós, e de tudo que fez parte da vida dela até então.
Cerca de 20 americanos (leia-se: estado-unidenses) vieram ao casamento, uma vez que o noivo é um yankee. Não se sabia como seria a recepção de tais ilustres desconhecidos, e por isso, foram mandados aqueles que entram em cena quando não há soluções racionais para as coisas.
Sim, eu e o Dudz passamos três dias em compania de um grupo de desconhecidos, falando um idioma que não o nosso, aprendendo com os caras. Eles de fato eram engraçados. Pareciam saídos do Superbowl, com seus ombros largos e seu aspecto truculento (com raras excessões). Havia também os clichês, os bons clichês, como o advogado bem-sucedido de Manhattan e a publicitária que produz comerciais para a MTV. O simpático australiano que mora na Suíça, o fã de Elvis que fala engraçado e o americano que fala português melhor que qualquer outro eram bons exemplos de raridades.
O melhor de toda essa estória não é o fato de conhecido gente nova, mas a confirmação daquilo que já se desenhava nas minhas idéias há tempos. Por baixo das rixas, da xenofobia, da aceitação duvidosa, estão as pessoas. As pessoas são a mesênquima de tudo o que nós conhecemos e definimos como social, e que por estar frouxa debaixo dos tecidos mais aparentes, nos faz pensar que ela não está lá, que ela não é a parte mais importante desse organismo do qual fazemos parte. Durkheim que me desculpe, mas as pessoas fazem a sociedade, e o fazem tão dicretamente, que são capazes de nos tapear em relação a isso, como num grande planeta, onde a curvatura é tão suave que tem-se a idéia de que ele é plano.
Eu aprendi muito com os meus queridos (novos) amigos. E não foi só inglês.

"How do you say 'go to shit' again? Vamerda?"

Friday, May 06, 2005

Os Homens, As Mulheres, E O Que O Mundo Tem A Ver Com Isso

Já dizia um velho deitado: “Nada muda mais a cabeça de um homem que uma mulher”. Não sei se essa sabedoria foi adquirida com os anos, ou se foi simplesmente um lampejo de um sonolento senil. Mas isso de fato faz sentido numa proporção que a sociedade desconhece. Hoje em dia mais do que nunca os homens são pseudo-escravos das mulheres e de seus mistérios.
Primeiramente, não me interpretem mal. Quando digo “pseudo”, não é no sentido de ser um falso escravo, um suposto escravo que na verdade carrega na manga sua alforria. Digo pseudo-escravo, pois acredito que tal fato já é de profundo conhecimento de todos, mas mantido fora dos limites do nosso conhecido mundo inteligível, descrito por outro velho (esse talvez de pé), um grego chamado Aristóteles. Deixemos a filosofia para aqueles que são estáveis, e podem pensar. Reservemo-nos à nossa posição de pensadores da realidade. Pergunto-me se houve um acordo, ou se essa realidade foi outorgada pelos nossos ignorantes ancestrais. As mulheres seriam descriminadas por séculos, mas os pilares da estabilidade mental masculina estariam nelas. Posso até estar equivocado, mas desafio qualquer mortal do sexo masculino a viver plenamente sem ao menos uma vez sofrer os encantos femininos.
Isso já ocorreu, não adianta ponderar o porquê de nossa realidade. Se homens são de Marte, e as mulheres de Vênus, e até hoje se procura vida inteligente em Marte, não adianta perguntar o motivo. Devemos nos ater ao que é passível de mudança, por exemplo, o mente do homem. É incrível como nossas mentes mudam após a avassaladora passagem de uma mulher em nossas vidas. Àqueles que não sabem do que me refiro por não terem tido mulheres importantes na vida, as minhas condolências. Já os homens que arriscaram suas cuecas em troca de um pouco de carinho e amor, sabem do que falo.
Desde pequeno tive problemas com cachorros, eles me mordiam. Mas no momento que me vi apaixonado por uma amante de cães, que intenciona ser veterinária, isso foi forjado. Sim, forjado, a golpes de martelo ferreiro em montanhas de minério. Posso até soar como um homem com duas caras, que finge se interessar pelas mesmas coisas que sua amada. Também pensaria assim, se não fosse o fato de não mais estar apaixonado por tal moça, e ainda assim meu conceito acerca dos caninos ter melhorado. Interessante é que me flagrei pensando qual seria uma raça de cachorro que compraria para mim. Após chegar à conclusão que um akita branco e um labrador cor de chocolate seriam ótimos, percebi que algo tinha mudado. Felizmente, não só em mim, mas também nela. Ambos aprendemos, assim como se aprende em toda relação, diretamente proporcional à intensidade do sentimento implícito.
Isso me ajuda a localizar um pouco melhor os homens nessa teia de complexidade que nós ajudamos a tecer. Os homens de fato sofrem maior mudança devido às mulheres. Mas elas também mudam. Menos, não sei, mas com certeza de forma muito mais branda que esperado. Apenas aquelas que se vêem de mãos atadas perante seu amor têm suas vontades e infantilidades podadas sagazmente pelo calculista amor.
Os homens mudam, todos. Isso que os faz serem diferentes, e ao mesmo tempo iguais. Assim a cada amor se ganha experiência, podendo chegar, um dia à tão sonhada felicidade.

“Garotos, não resistem aos seus mistérios
Garotos, nunca dizem não
Garotos, como eu sempre tão espertos
Perto de uma mulher, são só garotos..."

Wednesday, May 04, 2005

Água

Já parou pra pensar como que a água é legal? Ela é algo incrivelmente interessante, sob qualquer ótica.
O Guiness, livro dos recordes, dedicou à água o título de substancia mais estranha da natureza. Ela está em todo o nosso planeta, e não haveria nada de um ponto de vista do substrato orgânico sem ela. Ela aumenta de volume quando congela. A fase sólida é menos densa que a líquida. Ela é ela é inodora e incolor, logo, até os acromáticos e os anósmicos podem degustar desse prazer. Ela ao mesmo tempo tem os íons H+ e OH-, não sendo nem um ácido ou uma base. Ela pode te fazer feliz, ou triste. Te dar a vida, ou te matar. Tem gente que se mata por ela, e muita gente se salva com ela. Ela está em todo lugar, na mente de todos, e ela pode quase tudo. Ela é Deus, num sofisma bem panaca. E num outro pior, pode-se dizer que o tal Tales das retas interceptadas e dos ângulos internos estava certo. Água é foda.

"Só queria que ela fosse mais durinha pra eu poder pegar nela sem desmanchar"