Wednesday, April 27, 2005

Muito prazer.

Lá estava eu, num acesso de preguiça, torcendo pra que alguma coisa fizesse o tempo passar rápido e eu não precisasse da Educação Física. A Educação Física, sim, como eu a odeio. Depois escreverei sobre ela.
Ainda esperando o tempo passar, passei vinte minutos me calçando no vestiário, e infelizmente tive que ir fazer exercício. Quando entrei, me deparei com um homem alto, preto e forte malhando. (Não veja preconceitos na palavra preto, acho errado usar eufemismos). Eu pensei que fosse um desses marombeiros de praxe, mas percebi que ele tinha as pernas bem finas.
Dei a volta e olhei o seu rosto. Achei incrível a semelhança dele com George Benson, astro do Jazz, cara foda ao extremo. Era realmente muito parecido, tinha até o seu bigodinho. Esqueci e fui malhar, mas sem parar de observar o homem. Ele foi à recepção e gesticulava muito ao falar, como se não falasse algo que a recepcionista entendesse. A curiosidade apertou. E apertou mais quando lembrei que George Benson viria ao Brasil em Abril desse ano. Perguntei a um dos instrutores da academia se ele sabia o nome de tal figura. "Johnny..."- disse ele. Não esperei que terminasse de gagejar nomes em inglês até achar o certo, pois era o bastante. Peguei meu caderninho de poemas e levei até ele. Ele tinha um papel na mão, onde tinha desenhado uma partitura e uma clave de Sol, e umas notinhas subiam e desciam no papel. Não deixo de pensar que talvez estivesse compondo algo na hora, na tora. Os caras pretos de Jazz são assim mesmo. Mostrei a ele meu cadernoe pedi um autógrafo. Ele deu. Eu tremia. Perguntou o meu nome, e o escreveu também. Eu não acreditava, pensava na probabilidade de se encontrar com um astro do Jazz na rotina diária. Será que depois daquilo eu encontraria o Stanley Jordan no banheiro do shopping? Eis que se abre uma mão. A branca palma do negro punho. Apertou a minha mão, e disse que nós tinhamos muitas garotas bonitas. Agradeci, e ele se esforçou pra dizer "dinada"
Mostrei o autográfo à Nata, e fui ligar pro Dudz. Liguei do banheiro, enquanto Mr. Benson tomava banho numa cabine ao lado, provavelmente ouvindo sem entender, pescando seu nome aqui e ali.

Saí do banheiro em êxtase, e depois o vi sair com suas roupas super estilosas de Jazzista. Nunca esquecerei que encontrei com Mr. George Benson no meio da minha vida.

Mr. Benson, foi um prazer.

"um dos poucos caras que eu pediria que autografasse minha guitarra"

Friday, April 22, 2005

Filhos da Puta

Ontem foi festa surpresa da Clara, que aniversaria hoje. Lá estavam presentes ninguém menos que Anand, Cu (bunda) e o Pintinho. Talvez os três caras mais filhos da puta que eu conheço. Passo bons tempos com os caras. As vezes penso que gostaria de vê-los com mais freqüência, e compartilhar um pouco da sabedoria inútil de tais baluartes da putaria...


"um, dois, três... Bunda!"

Aquele feriado...

Sabe quando você sente que uma pessoa vai fazer parte da sua vida? E ao mesmo tempo, nem percebe que o tempo passa rápido como vento de primavera sobre livros de física...

Velho, por mais piegas e clichê que seja, eu sou forçado a isso...

Um dia, eis que a namorada do cara de cabelo azul resolveu puxar papo com o meu irmão, e aos poucos ela foi se aproximando de mim e dele, de forma que ao término daquele feriado éramos algo um tanto quanto parecido com amigos, porém mais que isso. Eu descobri, naquele feriado, o que eu ia fazer pro resto da vida e que eu realmente parecia ter jeito pra coisa. Foi naquele feriado que eu no auge do meu autismo, andando sobre pontes de costas sem cair, eu arranjei compania pra conversas de muitos horas, durante muitos anos. Naquele feriado que eu de fato conversei com uma garota mais velha, e por incrível que pareça, ela não parecia ser perigosa.

Foi naquele feriado, que eu conhecia a Cla. Putz, pense numa moça que tem história comigo, que faz uma diferença e que sempre vai fazer...

P.S.: "é algo como um gerador de Van Der Graff, que ioniza positivamente todo o meio."

Wednesday, April 20, 2005

O Dia das Jaboticabas

Ontem foi dia 19 de Abril. O dia do Índio, e dia da Bandeira. A nossa cultura preza muito as datas comemorativas, seja lá pela pátria, ou pelo feriado mesmo. E por isso não é incomum vermos gente comemorar algo que nem sabe o que é, ou que não quer saber.
Na quarta série, ou algo dessa família, a professora Denise perguntou à classe que dia era aquele, e sorriu satisfeita ao ouvir o coro de tenorinos e sopraninas gritar "índio". Mas, eis que um deles, resolveu dizer que era Dia da Jaboticaba, e a professorinha quis saber o porquê daquilo. Ele explicou que ninguém se lembrava, mas que aquele era também o dia da Jaboticaba, e que isso era algo muito importante pra história do nosso país, apesar de ter caído no ostracismo. Ele falou sobre as monoculturas, os latinfúndios, os escravos, algo bem panaca sobre os comerciantes e até sobre a balança comercial. No momento seguinte, ele pensou ter se dado mal, que realmente não devia ter dito aquilo, por mais que tenha ficado bravo com a pergunta idiota do dia 19 de Abril. Ele devia ter bolado argumentos melhores, bem melhores.
Para a surpresa dele, a professora, que não devia ter um intelecto muito avançado, acreditou. Ela nãos e conformou com o fato de que o povo não se lembrava desse dia, incluindo-o no quadro da sala de aula, ao lado dos indios e da bandeira. Ela falou com as professoras da terceira série, que também acreditaram, pois era da boca de uma colega. E os coleguinhas de classe, nem titubearam, pois a tia tinha dito que era dia da Jaboticaba (na versão dela, ela tinha apenas esquecido). Todos daquele microuniverso (leia-se: femtouniverso) entraram no espírito da jaboticaba. Afinal, num país de café, cana, soja e samba, a Jaboticaba merece uma homenagem.

Desse dia em diante, dia 19 de Abril passou a ser o Dia da Jaboticaba.

Foi a primeira vez que resolvi mentir de verdade, sem bobagens, levando a sério. Foi um marco pra mim, pois eu tinha enganado uma adulta. Desse dia em diante, resolvi argumentar sempre que eu achava estar certo.

Tuesday, April 19, 2005

bologs...

Resolvi criar um negócio desse aqui. E quero deixar claro, não foi uma idéia espontânea. Sempre gosteid e escrever, mas nunca resolvi fazê-lo regularmente. Visitei o blog de um cara que conheci há pouco, e ele me inspirou (no bom sentido da coisa). O tal punk realmente conseguiu me fazer criar um blog, com o intuito de escrever qualquer baboseira de forma pública.

Antes de que qualquer coisa, copyrigth da idéia by Érico, o Punk.




P.S.: Viadagens gratuitas não devem ser atribuidas a esse post. Qualquer semelhança é mera coincidência.