Thursday, March 16, 2006

Penso e não consigo dizer.

Queridas amadas donzelas,
que fizeram de minha vida bela,
ainda que por um tempo curto, porém pleno
de prazer supremo e incontestável
a acalentar a rigidez inabalável
do coração de pedra de quem as deseja.

Metalingüistica, fática, ou o que quer que seja
parágrafo que falta ou verso que sobreja.
Mal colocado, esquecível, inexpressivo, vazio
subjetivo, relativo, distorcido e frio.

Poeta sem poema, cantor sem canção,
artista sem musa ou falta de inspiração.
Indizíveis palavras guardadas na alma
repousam serenas, imersas em calma
até que imprecisas, ditas venham ao mundo
frustrante, material, improfundo.

Peço desculpas pelas gafes e grosserias,
pelo mau-humor e pelas manias,
que o desamor geraram entre nós.
Agradeço os abraços e beijos,
os sorriso e desejos
carinhosamente destinados à eternidade.

Ainda que muito fale,
e pouco escreva;
Nada pense,
e burro seja,
sinto o infinito como qualquer um,
pois livre sendo, não temo lugar algum,
onde possa ver os grilhões e sombras,
sombras do que penso.
Penso e não consigo dizer.