Muito prazer.
Lá estava eu, num acesso de preguiça, torcendo pra que alguma coisa fizesse o tempo passar rápido e eu não precisasse da Educação Física. A Educação Física, sim, como eu a odeio. Depois escreverei sobre ela.
Ainda esperando o tempo passar, passei vinte minutos me calçando no vestiário, e infelizmente tive que ir fazer exercício. Quando entrei, me deparei com um homem alto, preto e forte malhando. (Não veja preconceitos na palavra preto, acho errado usar eufemismos). Eu pensei que fosse um desses marombeiros de praxe, mas percebi que ele tinha as pernas bem finas.
Dei a volta e olhei o seu rosto. Achei incrível a semelhança dele com George Benson, astro do Jazz, cara foda ao extremo. Era realmente muito parecido, tinha até o seu bigodinho. Esqueci e fui malhar, mas sem parar de observar o homem. Ele foi à recepção e gesticulava muito ao falar, como se não falasse algo que a recepcionista entendesse. A curiosidade apertou. E apertou mais quando lembrei que George Benson viria ao Brasil em Abril desse ano. Perguntei a um dos instrutores da academia se ele sabia o nome de tal figura. "Johnny..."- disse ele. Não esperei que terminasse de gagejar nomes em inglês até achar o certo, pois era o bastante. Peguei meu caderninho de poemas e levei até ele. Ele tinha um papel na mão, onde tinha desenhado uma partitura e uma clave de Sol, e umas notinhas subiam e desciam no papel. Não deixo de pensar que talvez estivesse compondo algo na hora, na tora. Os caras pretos de Jazz são assim mesmo. Mostrei a ele meu cadernoe pedi um autógrafo. Ele deu. Eu tremia. Perguntou o meu nome, e o escreveu também. Eu não acreditava, pensava na probabilidade de se encontrar com um astro do Jazz na rotina diária. Será que depois daquilo eu encontraria o Stanley Jordan no banheiro do shopping? Eis que se abre uma mão. A branca palma do negro punho. Apertou a minha mão, e disse que nós tinhamos muitas garotas bonitas. Agradeci, e ele se esforçou pra dizer "dinada"
Mostrei o autográfo à Nata, e fui ligar pro Dudz. Liguei do banheiro, enquanto Mr. Benson tomava banho numa cabine ao lado, provavelmente ouvindo sem entender, pescando seu nome aqui e ali.
Saí do banheiro em êxtase, e depois o vi sair com suas roupas super estilosas de Jazzista. Nunca esquecerei que encontrei com Mr. George Benson no meio da minha vida.
Mr. Benson, foi um prazer.
"um dos poucos caras que eu pediria que autografasse minha guitarra"
Ainda esperando o tempo passar, passei vinte minutos me calçando no vestiário, e infelizmente tive que ir fazer exercício. Quando entrei, me deparei com um homem alto, preto e forte malhando. (Não veja preconceitos na palavra preto, acho errado usar eufemismos). Eu pensei que fosse um desses marombeiros de praxe, mas percebi que ele tinha as pernas bem finas.
Dei a volta e olhei o seu rosto. Achei incrível a semelhança dele com George Benson, astro do Jazz, cara foda ao extremo. Era realmente muito parecido, tinha até o seu bigodinho. Esqueci e fui malhar, mas sem parar de observar o homem. Ele foi à recepção e gesticulava muito ao falar, como se não falasse algo que a recepcionista entendesse. A curiosidade apertou. E apertou mais quando lembrei que George Benson viria ao Brasil em Abril desse ano. Perguntei a um dos instrutores da academia se ele sabia o nome de tal figura. "Johnny..."- disse ele. Não esperei que terminasse de gagejar nomes em inglês até achar o certo, pois era o bastante. Peguei meu caderninho de poemas e levei até ele. Ele tinha um papel na mão, onde tinha desenhado uma partitura e uma clave de Sol, e umas notinhas subiam e desciam no papel. Não deixo de pensar que talvez estivesse compondo algo na hora, na tora. Os caras pretos de Jazz são assim mesmo. Mostrei a ele meu cadernoe pedi um autógrafo. Ele deu. Eu tremia. Perguntou o meu nome, e o escreveu também. Eu não acreditava, pensava na probabilidade de se encontrar com um astro do Jazz na rotina diária. Será que depois daquilo eu encontraria o Stanley Jordan no banheiro do shopping? Eis que se abre uma mão. A branca palma do negro punho. Apertou a minha mão, e disse que nós tinhamos muitas garotas bonitas. Agradeci, e ele se esforçou pra dizer "dinada"
Mostrei o autográfo à Nata, e fui ligar pro Dudz. Liguei do banheiro, enquanto Mr. Benson tomava banho numa cabine ao lado, provavelmente ouvindo sem entender, pescando seu nome aqui e ali.
Saí do banheiro em êxtase, e depois o vi sair com suas roupas super estilosas de Jazzista. Nunca esquecerei que encontrei com Mr. George Benson no meio da minha vida.
Mr. Benson, foi um prazer.
"um dos poucos caras que eu pediria que autografasse minha guitarra"