É como a política.
Há poucas horas estava sentado na sala de cinema ao lado do meu pai, ouvindo-o fazer comentários sobre a maravilhosa adaptação para o cinema da série de quadrinhos Sin City. Eu posso até soar leigo ao qualificar maravilhosa a adaptação, por não ser nenhum expert no original, mas aos olhos que alguém que aprecia aquilo foi bom mesmo.
Como disse, a coisa toda agrada aos olhos. É violência de alto nível, daqueles tão altos que você tem que explicar pra alguém. Tenho a impressão de que o filme não tem tanta influência de Tarantino quanto parece ter, o que me leva a pensar que o cara por trás da tudo é fã dele, assim como eu. Os diálogos dariam uma bela lista de frases de cabeceira, daquelas que valem o ingresso do filme. E por fim, está coroando a película o gênio comum de todos os personagens, que encaixa como uma luva na minha concepção de arte desse tipo. Seria mentira dizer que as minhas concepções de violência mudaram, eu diria que elas encontraram alguém que as concebe a mais tempo e melhor que eu. As vozes guturais, as barbas mal feitas, os pensamentos pausados, e as conversas também, a idéia de que tudo pode ser resolvido de um jeito simples e de um jeito interessante, compõem aquilo que eu batizei de bela violência. É claro que eu não compactuo com as atrocidades do nosso mundo, eu as enojo, pra ser sincero. Mas num mundo onde você dança no ritmo ou dança pra não tomar tiro no pé, eu diria que saber um pouco de violência vem a calhar. Basta saber onde fica a linha que separa os amadores dos artistas, colocando de um lado aqueles doentes mentais que todos temos pena, e do outro os caras que tocam a própria música. É parecido com o esquema da política: se você não a aprecia, contente-se em estar nas mãos de quem aprecia.
"Is this the best you can do, you pantys?"
Como disse, a coisa toda agrada aos olhos. É violência de alto nível, daqueles tão altos que você tem que explicar pra alguém. Tenho a impressão de que o filme não tem tanta influência de Tarantino quanto parece ter, o que me leva a pensar que o cara por trás da tudo é fã dele, assim como eu. Os diálogos dariam uma bela lista de frases de cabeceira, daquelas que valem o ingresso do filme. E por fim, está coroando a película o gênio comum de todos os personagens, que encaixa como uma luva na minha concepção de arte desse tipo. Seria mentira dizer que as minhas concepções de violência mudaram, eu diria que elas encontraram alguém que as concebe a mais tempo e melhor que eu. As vozes guturais, as barbas mal feitas, os pensamentos pausados, e as conversas também, a idéia de que tudo pode ser resolvido de um jeito simples e de um jeito interessante, compõem aquilo que eu batizei de bela violência. É claro que eu não compactuo com as atrocidades do nosso mundo, eu as enojo, pra ser sincero. Mas num mundo onde você dança no ritmo ou dança pra não tomar tiro no pé, eu diria que saber um pouco de violência vem a calhar. Basta saber onde fica a linha que separa os amadores dos artistas, colocando de um lado aqueles doentes mentais que todos temos pena, e do outro os caras que tocam a própria música. É parecido com o esquema da política: se você não a aprecia, contente-se em estar nas mãos de quem aprecia.
"Is this the best you can do, you pantys?"